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Sistema que permite receber e-mails de pessoas que já morreram

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Você poderá receber um e-mail de uma pessoa que já morreu. Já é possível com o Chronos.

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No começo de 2016, o português Miguel Sá estava esperando para embarcar num avião quando surgiu a seguinte dúvida: “e se eu morrer durante o voo? Como as pessoas vão descobrir minhas senhas, meus contratos de negócios e outras informações que só eu tenho?” Atormentado pela dúvida, Sá criou, durante o trajeto no avião, o embrião do Chronos, site lançado em março deste ano e que permite programar e-mails para serem enviados dentro de dias, meses ou décadas.

Basicamente, o Chronos — que conta apenas com uma versão desktop, sem aplicativos — é um cronômetro para mensagens mais potente e avançado do que os recursos presentes em e-mails tradicionais. Com ele, é possível escrever uma mensagem e adicionar arquivos direto do Dropbox com um atraso no envio de até 25 anos. Assim, ele possibilita que pessoas façam mensagens personalizadas para o momentos após a morte, enviando testamentos, desabafos e outros documentos importantes.

“Tem um grupo de pessoas que usam o Chronos para enviar e-mails dali alguns dias, meses ou semanas apenas para lembrar de um aniversário ou data importante”, afirma o fundador da plataforma, Miguel Sá, em entrevista ao Estado. “Mas a maioria dos usuários prepara mensagens e e-mails para serem enviados depois da morte, com informações importantes, como senhas de redes sociais ou documentos, ou apenas com mensagens de motivação ou desabafos.”

De acordo com Miguel, o serviço conta com “algumas centenas de usuários” — ele ainda não revela os números exatos, já que o site foi lançado em março e está sendo divulgado. No entanto, o fundador aposta que o Chronos deverá crescer nos próximos meses, conforme as pessoas entendem os recursos da plataforma. “Comecei o site sem ambição e já estou feliz com o resultado”, afirma o fundador, que ainda não planejou um meio de ganhar dinheiro com o seu novo negócio.

Além disso, Miguel ressalta que tomou cuidado com a segurança das mensagens agendadas no Chronos. Afinal, não seria agradável se uma mensagem póstuma fosse revelada antes da hora. “O usuário pode acrescentar tempo ao cronômetro, se quiser”, conta o fundador. “E se a pessoa preferir, pode subir arquivos mais delicados pelo Dropbox. Assim, o Chronos não tem acesso à nada.”

E quando perguntado sobre a sobrevivência do Chronos com o passar do tempo, Miguel Sá admite: as coisas devem mudar até seu e-mail póstumo chegar. “Coloquei o limite de 25 anos para o cronômetro não por limitação técnica, mas por acreditar que a tecnologia vai mudar até lá”, afirma o empreendedor. “Daqui 50 anos ou 70 anos, acho que a gente não vai precisar de uma tela ou de uma plataforma como o Chronos para mandar mensagens depois da morte.”

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    Incomum

    Filha deixou o cadáver da mãe em casa por 6 meses

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    A filha disse que esperava que a mãe ressuscitasse e que fazia orações para mãe

    Uma mulher de 50 anos é alvo de investigação após médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) descobrirem que ela guardava em casa o corpo da mãe, que morreu há seis meses. Em depoimento à polícia, ela contou que é evangélica e que mantinha o cadáver em sua residência porque orava para que Deus a ressuscitasse.

    A descoberta aconteceu após a própria filha acionar o Samu na noite do último sábado 7/09, porque estava sentindo fortes dores no peito. Ao chegarem na residência, que fica na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, os socorristas constataram que ela já estava se sentindo melhor.

    Durante a visita os funcionários do Samu notaram um cheiro muito forte vindo de um quarto trancado e decidiram averiguar antes de irem embora. Ao arrombarem a porta, eles se depararam com o cadáver de Maria Auxiliadora de Andrade Santos, de 75 anos, já em alto estágio de decomposição.

    O corpo de Maria foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) no Centro. O caso está sendo apurado pela 27ª DP (Vicente de Carvalho). A filha aguardará o fim das investigações em liberdade, visto que não há provas de que ela teria envolvimento com a morte.

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    Prefeito de Crisciuma SC foi preso hoje por suspeita de improbidade no serviço funerário

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    Na segunda fase da Operação Caronte nove pessoas presas, inclusive o prefeito de Criciúma SC

    O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), juntamente com outros nove indivíduos, incluindo funcionários públicos e empresários, foram presos nesta terça-feira 3/09 durante uma operação que investiga infrações ligadas à concessão de serviços funerários no município do Sul de Santa Catarina. Salvaro está no segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.

    A decisão que autorizou a operação diz que fortes indícios e denúncias de fraude no processo licitatório para contratar empresas de serviços funerários na cidade desencadearam a investigação. A decisão foi assinada pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer.

    A investigação teve início após denúncias de possível fraude em um processo licitatório para a contratação de empresas de serviços funerários na cidade

    A investigação iniciou em 2022 no intuito de esclarecer detalhes da prestação de serviços funerários na cidade.

    As descobertas indicam que o número de funerárias autorizadas a funcionar na cidade diminuiu como resultado de mudanças na legislação municipal. O documento diz que as investigações revelaram um esquema complexo e persistente de supostos crimes contra a administração pública e consumidores em Criciúma, principalmente no controle do serviço funerário.

    O prefeito Clésio Salvaro rejeitou qualquer acusação de envolvimento e afirmou que não há evidências que o possam lhe incriminar.

    As descobertas mostram que o número de funerárias autorizadas a funcionar na cidade diminuiu como resultado de mudanças na legislação municipal. O documento afirma que as investigações revelaram um esquema complexo e persistente de supostos crimes contra a administração pública em Criciúma, principalmente no controle do serviço funerário.

    O prefeito Clésio Salvaro rejeitou as acusações de envolvimento em um crime e afirmou que nenhuma evidência pode o incriminar (leia mais detalhes abaixo e veja as declarações da prefeitura, do partido e da defesa dele).

    De acordo com o despacho, foram encontrados indícios da prática dos seguintes crimes:

    • corrupção ativa
    • fraudes de licitação
    • organização criminosa
    • crime contra a ordem econômica

    A ação desta manhã é a segunda fase da Operação Caronte, iniciada em 5 de agosto deste ano, quando buscas foram feitas na sede da prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito. Na época, foram cumpridos sete mandados de prisão pelo suposto esquema no serviço funerário.

    Fonte G1

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    Como é feita a necropsia do futuro chamada de virtópsia

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    A necropsia virtual descarta abertura de corpos no IML

    Como tudo evolui com a tecnologia os exames para diagnosticar as causas mortis também segue a mesma tendência, surge nesta área a virtópsia que é uma técnica radiológica forense que utiliza imagens radiológicas em três dimensões, seja por tomografia computadorizada (TC) ou tomografia computadorizada (RM) para analises de cadáveres, produzindo exames de forma menos invasiva preservando o cadáver de cortes. As autópsias virtuais criam modelos 3D do corpo por meio de tomografia computadorizada (TC), deixando o corpo intacto o que representam o futuro da medicina forense podendo entregar aos familiares um cadáver melhor preservado fisicamente.

    A Polícia Civil do estado de Minas Gerais (PCMG) por exemplo já vem  adotando estes procedimentos para os exames de necropsia. Com uso do aparelho de tomografia, os médicos legistas do Instituto Médico-Legal (IML) realizam os testes de forma menos invasiva e, consequentemente, mais segura para equipe de trabalho.

    Excepcionalmente na pandemia de Covid-19 a necropsia virtual foi muito utilizada. Como é um exame minimamente invasivo reduziu o risco de contaminação dos servidores envolvidos no processo: auxiliares de limpeza, auxiliares de necropsia, técnicos em radiologia, médicos legistas etc.

    A PCMG analisa apenas as mortes violentas, como homicídios e acidentes no modo tradicional.

    Esses métodos ajudam a obter imagens post-mortem em alta resolução, ao mesmo tempo em que só não é possível observar a tonalidade e a consistência das estruturas como ocorre na autópsia convencional.

    • A tomografia computadorizada (TC) é uma técnica de imagem que permite a identificação de fraturas, traumas e calcificações;
    • A tomografia computadorizada (RM) é útil para o estudo de tecidos moles, mas não distingue as colorações das lesões, mas sim a natureza das lesões.

    A virtópsia é método complementar aos métodos tradicionais de autópsia e tem muitas vantagens, no entanto, ainda são necessários mais estudos para substituir por completo a autópsia convencional por exames de imagens.

    As autópsias virtuais também levam menos tempo, pois as imagens podem ser obtidas rapidamente. São independentes do observador, o que permite o arquivamento de informações objetivas e podem ser utilizados em situações em que as autópsias convencionais não são possíveis por vários motivos inclusive religiosos.

    As técnicas de autópsia tradicionais possuem diferentes vantagens e desvantagens, bem como aplicações distintas a depender do contexto. No modo tradicional, utilizam-se basicamente de instrumentos cirúrgicos associados a métodos de dissecção. Entretanto, na contemporaneidade as ciências forenses estão se aperfeiçoando e buscando incorporar métodos de imagem radiológica a investigação da causa mortis, de forma a trazer mais agilidade no processo de autópsia e ainda possibilitar que a reconstrução das imagens fique documentada, podendo ser revisada a qualquer tempo, mesmo após a inumação do corpo.

    O objetivo de criar esse método (e a própria pesquisa) foi testar o potencial de uma técnica de autópsia o menos invasiva possível, além de avaliar a praticidade das técnicas de imagem radiológica e se uso delas poderia ter feito positivo na prática forense.

    Para realizar a comparação entre a técnica usual de autópsia e a virtópsia, quarenta indivíduos falecidos (todos de causas diferentes) foram examinados, seguindo esquemas semelhantes, tanto por um grupo de médicos forenses que usavam as técnicas usuais quanto por um sistema criação de imagem.

    Com relação aos resultados obtidos nessa comparação, verificou-se que a radiologia foi superior à autópsia em revelar certos tipos de trauma corporal, enquanto foi menos útil para a imagem de lesões de órgãos. Outros sinais vitais forenses, como embolias, aspirações, etc., foram diagnosticados com um grau de sucesso semelhante entre os dois sistemas. Isso também pode se traduzir na utilidade de trabalhar com um radiologista e um patologista forense na autópsia.

    Em conclusão, esta pesquisa demonstrou o potencial da virtopsia, bem como suas limitações para seu uso na ciência forense. Entre outras, demonstrou-se que a principal vantagem do uso de técnicas de imagem coincidia com sua principal desvantagem: não manipulação representa nada mais do que uma tentativa de abrir novos horizontes nos campos da medicina e da ciência forense, movendo-se cada vez mais para uma autópsia minimamente intrusiva na qual a radiologia tinha um lugar privilegiado.

    A titulo de curiosidade vamos relembrar alguns Instrumentos antigos e tradicionais da Necropsia

    Os instrumentos usados para realizar autópsias mudaram muito pouco nos últimos 100 anos. O único avanço importante nos instrumentos é o uso de algumas serras elétricas. No entanto, ainda não são tão usadas quanto os instrumentos manuais à moda antiga.

    • Serra para ossos – usada para cortar os ossos ou o crânio;
    • Faca com serra – usada para cortar pedaços dos órgãos para exame;
    • Enterótomo – tesoura especial usada para abrir os intestinos;
    • Agulha de sutura – uma agulha grossa usada para costurar o corpo após o exame;
    • Martelo cirúrgico com gancho – usado para abrir a tampa do crânio;
    •  Talhador de costelas – tesoura grande especial para cortar as costelas;
    • Bisturi – como o bisturi de cirurgia, porém, com a lâmina mais larga possível para fazer cortes longos e profundos ou para retirar tecidos;
    • Tesouras – usadas para abrir órgãos ocos e cortar os vasos sanguíneos;
    • Cinzel de crânio – usado para ajudar a alavancar cuidadosamente a tampa do crânio;
    • Serra Stryker – serra elétrica usada para cortar o crânio de modo a remover o cérebro;
    • Pinça dente de rato – usada para segurar órgãos pesados.
    • O Dr Kiesel discute algumas alternativas dos instrumentos tradicionais:

    Em muitos IMLs do Brasil ainda existe uma carência de ferramentas e instrumentos para exercer com precisão as tarefas, onde muitas vezes são empregados ferramenta de uso tradicional ou cirúrgicos para substituir uma ferramenta apropriada.

    Embora pareça repulsivo, os médicos legistas são obrigados a trabalhar dentro de um orçamento. Se economizamos dinheiro nos instrumentos, liberamos recursos para serem usados em outras fontes de investigação.

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