Vamos relembrar alguns velórios que marcaram história
O segmento funerário tem uma extrema responsabilidade nas cerimonias fúnebres, é um dos momentos mais delicados que todos nós um dia estaremos envolvidos, mas o profissionalismo e a ética aparece mesmo no trato de um funeral de um famoso. Onde a imprensa faz uma extensa cobertura e todos os detalhes estão sendo observados
2020 – Qassem Suleimani

O velório do general mártir iraniano Qassem Suleimani aconteceu na cidade natal de Suleimani no Irã em 07 de janeiro de 2020 e ficou marcado pela multidão presente e também pelo numero de pessoas que levou à morte outras 56 pessoas e outras 213 precisaram ser levadas a centros médicos, revelou o chefe dos Serviços Médicos de Emergência do Irã, Pir Hussein Kolivand, o que atribuiu à superlotação.
A razão do tumulto foi a ânsia de muitos quererem chegar o mais perto possível do caixão do mártir.
Uma gigantesca multidão acompanhava o féretro da praça Azadi até o cemitério dos Mártires em Kerman, no terceiro e último dia de luto oficial.
Principal líder militar do Irã, Suleimani foi assassinado no dia 3 em ataque com drones ordenado pelo presidente norte-americano Trump, perto do aeroporto internacional de Bagdá. No relato da AFP, as ruas da cidade estavam “inundadas” de cidadãos, uma verdadeira “maré de gente”, à semelhança do que fora visto no domingo e na segunda-feira em Teerã e outras cidades por onde passou o caixão do amado general, para as últimas homenagens.
2016 – Associação Chapecoense de Futebol
Acidente no voo da Chapecoense Apenas seis pessoas sobreviveram à queda do avião perto de Medellín, na Colômbia. A primeira versão sobre o acidente, dizia que o motivo da queda foi uma pane elétrica no sistema, porém, foi falta de combustível a real causa da queda. A queda aconteceu a cerca de 30 quilômetros de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

Haviam 77 pessoas a bordo, sendo 68 passageiros e nove tripulantes. Quatro pessoas que estavam em lista divulgada pela aviação civil colombiana não embarcaram: Luciano Buligon, prefeito de Chapecó, Plinio de Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e Ivan Carlos Agnoletto, jornalista.
Vejam os nomes dos que embarcaram neste voo: Jogadores da Chapecoense: Alan Ruschel, Ananias, Arthur Maia, Bruno Rangel, Canela, Cleber Santana, Danilo, Dener, Filipe Machado, Follmann, Gil, Gimenez, Josimar, Kempes, Lucas Gomes, Marcelo, Mateus Caramelo, Matheus Biteco, Neto, Sérgio Manoel, Tiaguinho e William Thiego.
Comissão técnica da Chapecoense: Caio Júnior, Duca, Pipe Grohs, Anderson Paixão, Anderson Martins, Dr. Marcio, Gobbato, Cocada, Serginho, Serginho, Adriano, Cleberson Silva, Maurinho, Cadu, Chinho di Domenico, Sandro Pallaoro, Cezinha e Giba.
Diretoria: Nilson Folle Júnior, Decio Burtet Filho, Edir de Marco, Ricardo Porto, Mauro dal Bello, Jandir Bordignon e Dávi Barela Dávi.
Convidado: Delfim Peixoto Filho.
Imprensa: Victorino Chermont, Rodrigo Gonçalves, Devair Paschoalon, Lilacio Júnior, Paulo Julio Clement, Mario Sergio Pontes de Paiva, Guilherme Marques, Ari Júnior, Guilherme Laars, Giovane Klein, Bruno Silva, Djalma Neto, André Podiacki, Laion Espindula, Rafael Henzel, Renan Agnolin, Fernando Schardong, Edson Ebeliny, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles e Jacir Biavatti.
Tripulação: Miguel Quiroga, Ovar Goytia, Sisy Airas, Romel Vacaflores, Ximena Suarez, Alex Quispe, Gustavo Encina, Erwin Tumiri e Angel Lugo.
2009 – Michael Jackson

Um dos mais recentes foi o velório de Michael Jackson onde foram distribuídos 17.500 ingressos para fans acompanharem os cortejos fúnebres do artista.
Com um caixão dourado, a quem afirme que seria foleado a ouro. Com uma mega cerimonia no ginásio Staples Center, em Los Angeles. Alguns ingressos foram vendidos em sites de leilão por 500 até 15 mil dólares.
2005 – Papa João Paulo II

Dois milhões de peregrinos foram a Roma para acompanhar o funeral de um dos papas mais populares que a Igreja Católica já teve. João Paulo II morreu no dia 2 de abril e foi enterrado cindo dias depois. Diversos líderes mundiais estiveram presentes no funeral do sumo pontífice, entre eles o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, o rei da Espanha, Juan Carlos, e o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. O esquema de segurança incluíu mísseis antiaéreos e a delimitação de uma zona de exclusão aérea. Milhares de pessoas que assistiam ao funeral do papa João Paulo II pediram com gritos de “Santo já! Santo já!” a canonização “imediata” do pontífice morto.

1997 – Princesa Diana

Uma das maiores celebridades do século XX, Lady Di, como era conhecida, morta em um acidente de carro em Paris, no madrugada de 31 de agosto, teve um funeral digno de sua importância. Transmitido por simultaneamente por seis emissoras de TV britânicas e por dezenas de outras redes internacionais, seu enterro foi acompanhado por quase 2, 5 bilhões de telespectadores ao redor do mundo. Nas ruas de Londres, 1 milhão de pessoas se aglomeraram para se despedir da princesa de Galles. Depois das homenagens públicas, Diana foi enterrada na presença do ex-marido, o príncipe Charles, de seus filhos William e Harry, da sua mãe, de sua melhor amiga e de um clérigo. A princesa usava um vestido preto e tinha nas mãos um terço que ganhara de presente de Madre Teresa de Calcutá.
1994 – Ayrton Senna

A despedida do tricampeão mundial, morto em um acidente durante o GP de Imola, na Itália, no dia 1º de maio, é um dos grandes acontecimentos da história recente do Brasil. No velório, realizado no salão nobre da Assembléia Legislativa, mais de cem mil pessoas foram dar o adeus ao piloto. Nas ruas, cerca de 250 mil acompanharam o cortejo de Senna. O caixão permaneceu fechado e lacrado, coberto com uma bandeira brasileira. Grandes nomes do automobilismo estiveram presentes, entre eles Émerson, Wilson e Christian Fittipaldi, Rubens Barrichello, Alain Prost, Jackie Stewart e Gerhard Berger. Seu túmulo, no Cemitério do Morumbi, ainda é muito visitado por fãs de todo o mundo.
1982 – Elis Regina

A precocidade e o motivo da morte da cantora (uma overdose de cocaína) causaram comoção entre os fãs e a classe artística. Elis, que tinha 36 anos e era considerada uma das maiores cantoras do país, foi velada no Teatro Bandeirantes, em São Paulo, palco onde se apresentou por diversas vezes. Durante todo o dia e a madrugada, 25 mil pessoas passaram pelo velório da cantora. Um carro do Corpo de Bombeiros levou o caixão de Elis até o Cemitério do Morumbi, onde ela foi enterrada. Pelo caminho, milhares de fãs faziam as últimas homenagens com flores e chuva de papel picado. Na época, a TV Globo mobilizou um helicóptero para fazer a cobertura do cortejo.
1981 – Bob Marley
Marley morreu cedo, aos 36 anos, vítima de câncer. O rei do reggae voltava de uma viagem a Alemanha quando seu estado de saúde piorou e ele acabou sendo internado em um hospital em Miami, na Florida, onde morreu. Seu corpo foi levado em sua terra natal, a Jamaica. Lá, ele recebeu um tratamento de chefe de Estado. A cerimônia de despedida misturou elementos da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo, religião que ele seguia até pouco tempo antes de morrer. Junto com seu corpo, parentes e amigos colocaram sua guitarra e uma bíblia.
1980 – John Lennon
No dia 8 de dezembro, Lennon chegava em casa acompanhado pela mulher, Yoko Ono, quando Mark David Chapman, um fã, aproximou-se e deu vários tiros no cantor. Lennon ainda conseguir dar alguns passos, mas caiu na porta de seu prédio, o edifício Dakota, em Nova York. Em uma das suas últimas entrevistas, Lennon, que havia trocado Londres pelos Estados Unidos, disse que preferia morar em Nova York porque se sentia seguro. “O máximo que me pedem é um autógrafo”, disse. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova York, e suas cinzas foram guardadas por Yoko Ono. A morte do ex-beatle causou uma comoção mundial. Em uma de suas canções mais famosas, Imagine, o músico falava de um mundo sem violência e de amor entre as pessoas.
1977 – Elvis Presley

O cantor foi encontrado morto em sua casa, em Memphis, no dia 16 de agosto. Tinha 42 anos e, segundo os médicos, morreu de arritmia cardíaca. No dia seguinte à sua morte, quando os portões de sua residência foram abertos para as pessoas verem o corpo de Elvis, 20 mil já aguardavam para entrar em Graceland. Ao todo, 80 mil pessoas passaram pelo velório do cantor e cerca de 2.150 arranjos de flores foram entregues na casa do artista, um dos maiores nomes da música mundial. As emissoras de TV americanas dedicaram grande parte de sua programação a tributos a Elvis. O presidente americano na época, Jimmy Carter, afirmou: “Morreu uma parte dos Estados Unidos”.
1963 – John Kennedy

Um dos presidentes mais populares dos Estados Unidos foi vítima de um atentando na cidade de Dalas, no Texas, em 22 de novembro. Kennedy, que tinha 46 anos, levou dois tiros enquanto desfilava em carro aberto. Ao seu lado, estava a primeira-dama, Jackie Kennedy. O assassinato foi registrado por um cidadão com uma câmera de 8 milímetros. O autor dos disparos foi Lee Harvey Oswald, porém, mais de 40 anos depois de sua morte, as versões sobre o real motivo do crime ainda geram polêmicas. Kennedy foi enterrado no cemitério nacional de Arlington, no subúrbio de Washington. No Brasil, o enterro do presidente americano foi acompanhado, primeiramente, via rádio. As imagens do funeral só chegaram por aqui 48 horas depois.
1954 – Getúlio Vargas
“Saio da vida para entrar para a história”. A célebre frase da carta de despedida do ex-presidente ajudou a transformar seu funeral em um dos grandes acontecimentos da história do país. Getúlio suicidou-se com um tiro do coração em seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede do governo federal na época. Com a TV recém-inaugurada no Brasil (1950) e com apenas três emissoras de TV operando, o rádio foi o grande protagonista da cobertura da morte de Getúlio. Milhares de pessoas foram às ruas do Rio de Janeiro prestar homenagens e fotos do político foram distribuídas pela cidade. O corpo foi enterrado em São Borja (RS), sua cidade natal.
1952- Evita Perón
Eva Duarte Perón, a Evita, foi a mais popular primeira-dama da Argentina. Morreu de câncer, aos 33 anos. Seu corpo embalsamado ficou cerca de três anos exposto à visitação pública. Quando um golpe de Estado tirou Perón do poder, o corpo de Evita foi roubado por seus adversários políticos, sendo ocultado por 16 anos. Em 1971, é devolvido a Perón na Espanha, onde o ex-presidente estava exilado. Em 1974, após a morte de Perón, Isabelita, sua esposa na época, leva os restos mortais de Evita para a Argentina.

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