O que países mais assolados pelo corona vírus estão fazendo
Com a pandemia que se instalou em vários países as pessoas estão tendo que mudar seus hábitos de cerimonias de funeral. A ordem é enterrar ou cremar sem nenhuma cerimonia de funeral e sem a presença de seus familiares, quando muito tem somente uma bênção do padre.
Como a maior parte dos familiares dos falecidos estão confinados em suas moradias afim de conter o avanço, ainda que fosse possível a presença, o risco não valeria a pena e nada melhor que deixar para depois uma homenagem mais merecida ao familiar que partiu.
Em qualquer local que o coronavírus tenha atingido, independentemente de cultura ou religião, rituais antigos para homenagear os mortos e confortar os enlutados estão sendo abreviados ou descartados pelo medo de aumentar ainda mais o contágio.
O vírus, que já matou quase 9 mil pessoas em todo o mundo, está reformulando muitos aspectos da morte e da objetividade de se lidar com corpos infectados à observância das necessidades espirituais e emocionais dos que ficam.
Consequências da pandemia
A epidemia de coronavírus que assola a Itália já deixou ruas vazias e lojas fechadas, já que 60 milhões de italianos estão essencialmente em prisão domiciliar. Médicos e enfermeiros exaustos estão trabalhando dia e noite para manter as pessoas vivas
Na Irlanda, a autoridade de saúde está aconselhando os funcionários de necrotérios a colocarem máscaras em cadáveres para diminuir até o menor risco de infecção.
Na Itália, uma empresa de funerais está usando links de vídeo para permitir que famílias em quarentena vejam um padre abençoar o falecido.
Imagem de Ilustração
Para atenuar a dor, empresas como uma francesa Advitam, oferecem “serviço gratuito de transmissão de vídeo das cerimônias fúnebres para todas as famílias”.
Para um familiar ou amigo, não poder acompanhar o falecido até o final, pode representar um trauma emocional duradouro.
Na Coreia do Sul, o medo do vírus está provocando uma redução tão grande no número de pessoas nos funerais que empresas que servem refeições nestas ocasiões sofrem para se manter.
Há pouco tempo para cerimônias em cidades muito atingidas, como Bergamo, ao nordeste de Milão, onde os necrotérios estão lotados e o crematório está funcionando em tempo integral, disse Giacomo Angeloni, autoridade local a cargo dos cemitérios municipais.
A Itália já relatou quase 3 mil mortes decorrentes da Covid-19, a doença causadas pelo coronavírus – a cifra mais alta fora da China, onde o vírus surgiu. O Exército enviou 15 caminhões e 50 soldados a Bergamo na quarta-feira para transferir corpos para províncias menos sobrecarregadas.
Uma proibição de aglomerações acabou com os rituais essenciais que nos ajudam a passar pelo luto, disse Andy Langford, principal chefe de operações da Cruse Bereavement Care, instituição de caridade britânica que oferece cuidados e aconselhamento gratuito.
Risco de infecção
Em vários países, levas de infecções surgiram depois de funerais. Na Coreia do Sul, onde mais de 90 pessoas morreram, o governo exortou as famílias de vítimas da Covid-19 a cremarem seus entes queridos primeiro e realizarem os funerais mais tarde.
Os funerais coreanos costuma acontecer nos hospitais e envolvem três dias de orações e banquetes.
Desde o surgimento do surto, o número de participantes de funerais despencou 90%, independentemente de o falecido ter o vírus ou não, disse Choi Min-ho, secretário-geral da Associação Coreana de Funerais.
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