Mausoléu da mulher da capa preta é sem dúvida o mais visitado do Cemitério Piedade AL
A história da mulher da capa preta é conhecida por milhares de alagoanos e já atravessou a fronteira estadual. A lenda começou quando um rapaz conheceu uma mulher em um baile, admirado pela sua beleza ele a chamou para dançar algumas músicas. Logo em seguida, a moça pediu para que ele a deixasse em casa. Ao sair do local, o casal foi recebido por uma forte chuva, o rapaz demonstrando cavalheirismo, ofereceu a sua capa – preta – de chuva para protegê-la até o caminho de casa.
Ao chegar à residência da moça, eles se despediram e ela prometeu devolver-lhe a capa no dia seguinte, para que lhe houvesse tempo para lavá-la. Retornando a casa da jovem no dia posterior, o rapaz levou um grande susto. Ao bater à porta, deparou-se com a mãe da mulher por quem já estava se apaixonando. Ela surpresa lhe informou que a moça já havia falecido há tempos. O homem não acreditou e a mãe da moça se dispôs a levá-lo até o cemitério da Piedade, onde sua filha foi enterrada.
Ao chegar no cemitério, o rapaz pôde comprovar o inesperado, observando as inscrições: ‘Aqui jaz Carolina de Sampaio Marques, nascida em 21 de março de 1869 e falecida em 22 de novembro de 1921′.
Existe também outras versões do ocorrido, mas todas elas terminam do mesmo jeito com a surpresa do jovem ao ver o túmulo da falecida. Nos dias atuais, a catacumba de Carolina é coberta por uma réplica da capa preta visando atrair cada vez mais a atenção do público
As opiniões de quem conhece a história
O aposentado Euclides Correia da Silva, afirma que trabalhou durante 40 anos como pedreiro no cemitério Nossa Senhora da Piedade. “Quando cheguei para trabalhar a capa já estava construída. Sempre perto do dia de finados muitas pessoas visitam o túmulo dela e perguntam sobre a história. Tem pessoas que nem têm parentes enterrados, mas vêm para ver a capa”
A técnica de informática Andreia Kalyma, dis que ouve versões dessa história desde criança de seu avô, que trabalhou por muitos anos no cemitério como mestre de obras. “Essa família viveu aqui no bairro do Prado e foi uma das mais antigas. A história diz que a mulher morreu com 52 anos, mas apareceu no baile como uma jovem. Ela vivia sozinha e tinha medo de nunca se casar, pois tinha tuberculose, e levou essa insatisfação para o túmulo”.
A Lenda virou tema de bloco de carnaval
A lenda da Mulher da Capa Preta foi tão disseminada em Alagoas, principalmente entre os moradores do bairro, que inspirou a criação de um bloco de carnaval com o mesmo nome.
Há 19 anos, centenas de pessoas se concentram em frente ao cemitério Nossa Senhora da Piedade e saem pelas ruas do bairro.
O cemitério Nossa Senhora da Piedade
O cemitério em questão é o mais antigo de Maceió, o bairro do Prado é um dos mais antigos e tradicionais da cidade, onde as antigas famílias de posses tinham suas grandes casas e muitas estórias do tipo ainda são contadas pelos mais velhos.
Apesar de as versões contadas por moradores antigos e funcionários do cemitério mudarem com relação à carona que a mulher teria recebido, os pontos principais sempre são os mesmos.
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