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Novas tecnologias nos IML para realizar autópsia virtual

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A autópsia virtual descarta abertura de corpos no IML

As técnicas de autópsia tradicionais possuem diferentes vantagens e desvantagens, bem como aplicações distintas a depender do contexto. No modo tradicional, utilizam-se basicamente de instrumentos cirúrgicos associados a métodos de dissecção. Entretanto, na contemporaneidade as ciências forenses estão se aperfeiçoando e buscando incorporar métodos de imagem radiológica a investigação da causa mortis, de forma a trazer mais agilidade no processo de autópsia e ainda possibilitar que a reconstrução das imagens fique documentada, podendo ser revisada a qualquer tempo, mesmo após a inumação do corpo.

O termo virtópsia, ou autópsia virtual, incorporou a tomografia computadorizada e ressonância magnética no exame cadavérico agregando qualidade nas análises com auxílio da tecnologia.

Ela é minimamente invasivas, e podem preservar o corpo e provas que, em geral, são perdidas no método tradicional.

A autópsia virtual descarta abertura de corpos no IML. Com a nova técnica, os exames passaram a ser realizados mais rapidamente. Um scanner e um tomógrafo computadorizado fazem a análise completa e identificam traumas, ossos quebrados, projéteis de armas de fogo e qualquer sinal de violência que tenha provocado o óbito.

Embora a radiologia faça parte dos exames médico-legais desde seu início, essa técnica foi muito subestimada como um método útil para a ciência forense. Sob essa premissa, o conceito de virtopsia Nasceu com o objetivo de implementar novas tecnologias de radiologia no campo da ciência forense. Essa técnica utiliza uma combinação de tomografia computadorizada e ressonância magnética, aumentando o contraste e a resolução de ambos para criar a possibilidade de realizar reconstruções 2D e 3D.

O objetivo de criar esse método (e a própria pesquisa) foi testar o potencial de uma técnica de autópsia o menos invasiva possível, além de avaliar a praticidade das técnicas de imagem radiológica e o possível uso que delas poderia ser feito. estes na prática forense.

Para realizar a comparação entre a técnica usual de autópsia e a virtópsia, quarenta indivíduos falecidos (todos de causas diferentes) foram examinados, seguindo esquemas semelhantes, tanto por um grupo de médicos forenses que usavam as técnicas usuais quanto por um sistema criação de imagem.

Com relação aos resultados obtidos nessa comparação, verificou-se que a radiologia foi superior à autópsia em revelar certos tipos de trauma corporal, enquanto foi menos útil para a imagem de lesões de órgãos. Outros sinais vitais forenses, como embolias, aspirações, etc., foram diagnosticados com um grau de sucesso semelhante entre os dois sistemas. Isso também pode se traduzir na utilidade de trabalhar com um radiologista e um patologista forense na autópsia.

Em conclusão, esta pesquisa demonstrou o potencial da virtopsia (bem como suas limitações para seu uso na ciência forense. Entre outras, demonstrou-se que a principal vantagem do uso de técnicas de imagem coincidia com sua principal desvantagem: não manipulação Por sua vez, também foi recomendado pelos autores que ambas as técnicas (autópsia e virtopsia) fossem realizadas em conjunto ou de forma complementar, mesmo que a virtopsia estivesse eventualmente substituindo a própria autópsia. Na sua opinião, representa nada mais do que uma tentativa de abrir novos horizontes nos campos da medicina e da ciência forense, movendo-se cada vez mais para uma autópsia minimamente intrusiva na qual a radiologia tinha um lugar privilegiado.

A titulo de curiosidade vamos relembrar alguns Instrumentos tradicionais da Necropsia

Os instrumentos usados para realizar autópsias mudaram muito pouco nos últimos 100 anos. O único avanço importante nos instrumentos é o uso de algumas serras elétricas. No entanto, ainda não são tão usadas quanto os instrumentos manuais à moda antiga.

  • Serra para ossos – usada para cortar os ossos ou o crânio;
  • Faca com serra – usada para cortar pedaços dos órgãos para exame;
  • Enterótomo – tesoura especial usada para abrir os intestinos;
  • Agulha de sutura – uma agulha grossa usada para costurar o corpo após o exame;
  • Martelo cirúrgico com gancho – usado para abrir a tampa do crânio;
  •  Talhador de costelas – tesoura grande especial para cortar as costelas;
  • Bisturi – como o bisturi de cirurgia, porém, com a lâmina mais larga possível para fazer cortes longos e profundos ou para retirar tecidos;
  • Tesouras – usadas para abrir órgãos ocos e cortar os vasos sanguíneos;
  • Cinzel de crânio – usado para ajudar a alavancar cuidadosamente a tampa do crânio;
  • Serra Stryker – serra elétrica usada para cortar o crânio de modo a remover o cérebro;
  • Pinça dente de rato – usada para segurar órgãos pesados.
  • O Dr Kiesel discute algumas alternativas dos instrumentos tradicionais:

Em muitos IMLs do Brasil existe uma carência de ferramentas e instrumentos para exercer com precisão as tarefas, onde muitas vezes são empregados ferramenta de uso tradicional ou cirúrgicos para substituir uma ferramenta apropriada.

Embora pareça repulsivo, os médicos legistas são obrigados a trabalhar dentro de um orçamento. Se economizamos dinheiro nos instrumentos, liberamos recursos para serem usados em outras fontes de investigação.

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