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Os desafios do setor funerário brasileiro de Norte a Sul do país

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Por Marcos Scheffer

Todos sabemos que o Brasil é um país de proporções territoriais continentais, e isso pode ser observado facilmente pela pluralidade cultural regional de cada estado. De Norte a Sul do país temos inúmeras peculiaridades que tornam o empreendedorismo muito atrativo. No setor funerário isso não é diferente, tanto que, de acordo com o Brazil Journal, atualmente existem aproximadamente 13,7 mil funerárias no mercado formal brasileiro, em levantamento realizado no ano de 2022.

Embora seja um mercado em expansão e que vem crescendo cada vez mais em nosso país, existem desafios que o empresário funerário encontra independente da região onde está localizada sua sede. Neste artigo, apontarei alguns dos principais desafios encontrados pelos empresários do setor funerário nas cinco regiões do Brasil.

Norte

É a região com a maior extensão territorial do país, e cobre 45,25% do território nacional. Contudo, mesmo com toda essa extensão territorial, ainda é o segundo menos populoso, contando com apenas 450 cidades em toda região, de acordo com os dados do IBGE citados na Wikipedia. Este fator torna a logística a maior dificuldade e o principal desafio para o setor funerário.
Com grandes distâncias a serem percorridas, o translado muitas das vezes torna-se o item de valor mais elevado na prestação do serviço funerário e com o custo tão alto, muitas funerárias têm de baixar seus lucros, a fim de poder oferecer a seus clientes a possibilidade de acesso ao serviço.

Outra opção, são as parcerias com outras funerárias e empresas do ramo, que trabalham conjuntamente ofertando serviços de coparticipação aos parceiros do setor.
O fornecimento de produtos para o seguimento também é uma das principais barreiras apontadas por muitos empresários do Norte do Brasil, tendo em vista o alto custo gerado pela logística e tornando pouco favorável o escoamento destes materiais.

Nordeste

Todos concordamos que embora a concorrência seja algo favorável ao mercado pela quantidade de opções, serviços e produtos a serem ofertados ao consumidor, em algumas situações isso acaba tornando-se um obstáculo para quem almeja ingressar no setor funerário, e claro, para quem já atua neste seguimento.
A região nordeste que possui 9 estados, vê no grande número de empresas do setor funerário seu maior desafio, o que muitas vezes torna a concorrência um obstáculo muito pesado, pois devido ao grande número de empresários no setor, nem sempre as práticas exercidas são as mais corretas. É a conhecida “prostituição de mercado”, onde os preços exercidos são geralmente muito abaixo do normal, e isso acaba por enfraquecer o setor devido a competitividade ser impraticável frente a tais situações em relação aos custos para manutenção de uma empresa funerária.

Centro-oeste

É a segunda maior região do Brasil e também a menos populosa do país, tendo algumas concentrações urbanas e enormes vazios demográficos. Este fator, simboliza juntamente com a região Norte, o principal obstáculo para o setor funerário, tendo o translado como sua principal dificuldade operacional. Vale lembrar também, que a região concentra um número menor de empresas do setor, o que por sua vez faz com que o consumidor tenha menos opções de atendimento. Por outro lado, isso pode ser um ótimo convite a quem almeja adentrar a esse mercado, que nessa região especificamente, conta com uma concorrência menor.

Sudeste

O Sudeste do Brasil também registra desafios para o seguimento. Não abordaremos por estados pois este tema é deveras vasto, e renderia assunto para um artigo por Estado, em especial esta região que concentra o maior número de empresas do setor. Entretanto, as dificuldades são bastante similares entre os limites estaduais, tais como por exemplo, o Turn Over (rotatividade de mão de obra), que hoje é a principal barreira para o empresário do setor funerário dessa região.
Com a grande oferta de emprego em diversas áreas, a mão de obra muitas das vezes acaba tornando-se escassa, especialmente no setor funerário, que requer capacitação, especialização e tempo de aprendizado. Isso corrobora com a ideia de que este seja o maior desafio para o empresário do setor funerário na região Sudeste, pois a formação do profissional gera custos e muito dispêndio que quase sempre é perdido na rotação de colaboradores, sem mencionar o altíssimo custo empregatício dessa entrada e saída de profissionais, que impacta fortemente a receita da empresa.

Sul

Contando com a quarta melhor economia do Brasil, a região Sul do país tem um mercado bastante favorável para o setor funerário. Com o serviço de custo mais elevado entre todas as regiões, o Sul do Brasil conta com ótimos motivos para quem deseja adentrar a este mercado. Porém, os desafios também existem e o principal deles nesta região é a qualificação da mão de obra tendo em vista que a maioria dos trabalhadores estão diretamente ligados a agropecuária, extrativismo, indústria, comércio e por último, a prestação de serviços.
Outro fator dificultador para esta região, é o fornecimento de alguns produtos para a execução de alguns serviços, como por exemplo, flores para ornamentação. Muitos empresários do setor têm que percorrer grandes distâncias para adquirir o produto com melhores preços, para assim, ter condições de competitividade de mercado diante as demais ofertas, haja vista que os fornecedores que fazem a região também são oriundos de outros estados.

Brasil

De uma forma geral, falando a nível Brasil, os desafios são inúmeros. Desde o empresário que está adentrando ao mercado de maneira informal, até os já consolidados no setor. Aos que estão ingressando, o maior desafio é abrir
as portas de maneira profissional, tendo toda documentação necessária dentro da legalidade, bem como sua estrutura e padrões organizacionais. Contudo, essa documentação não se resume apenas a parte fiscal da empresa, mas também a jurídica, como os contratos dos planos de assistência ou planos funerários, que devem estar amparados pela legislação vigente.

De acordo com a executiva e diretora jurídica da PlanUp & Scheffer Consultoria Empresarial, Sandra de Oliveira, boa parte das empresas do setor funerário brasileiro hoje operam de maneira irregular ao que tange a regulamentação dos contratos de planos não estarem amparados ao que prevê a Lei 13.261/2016. “Ainda é um desafio muito grande implantar em todas as funerárias do país a ideia da necessidade desta regulamentação, pois para tal, existem custos que muitos pequenos empresários do setor não estão dispostos a arcar. Devido a essa regulamentação ser considerada nova, os órgãos responsáveis ainda não têm a devida fiscalização para auxiliar estes empresários e conscientizá-los da necessidade desta parametrização”.
Finalizando este artigo, acredito que a capacitação, especialização e investimentos na mão de obra são fatores primordiais para que seja ofertado ao consumidor um serviço de excelência, independentemente da logística, concorrência, fatores econômicos ou culturais. A qualificação de mercado tanto da mão de obra quanto da própria instituição funerária, respeitando a legislação vigente, as questões fiscais e administrativas, hoje é sem dúvida o principal pilar para o desenvolvimento do setor funerário brasileiro.

A organização interna da empresa, suas práticas e exercícios, materiais e métodos, modalidades e execução, tudo requer conhecimento de novas técnicas, produtos, serviços e tendências, que são o combustível que moverá nosso setor cada vez mais engrenado em um ritmo de grande desenvolvimento e profissionalismo, mas acima de tudo, agindo dentro da legalidade que prevê e se espera de organizações cada vez mais comprometidas com o futuro do setor funerário brasileiro.

Marcos Scheffer, CEO PlanUp & Scheffer Consultoria Empresarial

 

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Empresa funerária é condenada por falhas no atendimento

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Na decisão judicial a família receberá R$15 mil de indenização

Uma empresa de serviços funerários foi condenada pela Vara Cível do Riacho Fundo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a pagar R$ 15 mil em danos morais a uma cliente. A condenação foi resultado da falha da empresa em prestar o serviço, o que impediu o sepultamento da sua irmã no horário marcado e causou grande angústia aos familiares.

Entretanto, a decisão ainda não é final, pois é passível de recurso. O caso teve origem em novembro de 2022, quando a autora contratou a empresa Campo da Esperança Serviços Ltda. para realizar o velório e o sepultamento de sua irmã. Apesar de toda a documentação requerida ter sido entregue no dia anterior, houve uma divergência em relação ao local de sepultamento mencionado no contrato (Taguatinga) e na certidão de óbito (Brasília/DF) que só foi identificada pela empresa no momento do velório.

O impasse

Em razão de erro de localidade na documentação do falecido, diante do caso a funerária se negou a efetuar uma correção junto ao cartório. E como alternativa, solicitou o pagamento de novas taxas para proceder com o sepultamento em Brasília. A proposta que foi recusada pela família e como consequência do impasse, o corpo da pessoa falecida ficou por aproximadamente seis horas dentro do veículo funerário aguardando uma solução, o que causou “extremo constrangimento e sofrimento aos familiares e parentes” o que motivou a denuncia.

Em defesa a empresa alegou

A Campo da Esperança, em sua defesa, alegou que a responsabilidade pela informação no documento era unicamente da cliente e que propôs opções para solucionar a questão, negando qualquer comportamento ilícito. A empresa também questionou o montante da indenização pedido pela autora, que era de R$ 70 mil.

No entanto, a juíza acatou os argumentos dos familiares, declarando que a oferta de serviços funerários requer “zelo, diligência e, acima de tudo, respeito à dignidade humana em um momento de profunda dor”. A decisão enfatizou que era responsabilidade da empresa verificar a documentação de maneira cuidadosa no momento da contratação, e não somente durante o velório.

Com base no Código de Defesa do Consumidor, a sentença estabeleceu a responsabilidade objetiva da prestadora de serviços, que dispensa a comprovação de culpa. A juíza concluiu que a empresa não conseguiu provar a inexistência de defeito no serviço ou a culpa exclusiva da consumidora. O valor indenizatório de R$ 15 mil foi considerado adequado e proporcional para reparar o abalo moral sofrido pela autora, que enfrentou extrema angústia ao ser impedida de sepultar sua irmã no momento destinado ao luto.

Diante da lei a empresa poderá interpelar a decisão caso haja subsídios suficientes para isso.

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Qual o número ideal de funerárias por cidade?

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O mercado  funerário e suas limitações

A limitação se baseia na capacidade de cada cidade em produzir resultados de casos de óbitos. Diferente de boa parte dos negócios mais tradicionais onde o consumo pode ser estimulado de varias maneiras. Nesse segmento cliente só vai a procura  quando ele tem uma demanda real para ser atendido. Embora o número de pessoas que se planejam esse momento tenha aumentado o ainda é abaixo do ideal no Brasil.

Não é e nunca foi comum vemos pessoas indo a funerária para pesquisar preços ou ver modelos de caixões como se faz por exemplo quando se quer compra um bem de consumo como um novo veiculo, por exemplo.

Nesta análise a seguir, vamos ver como o número de funerárias por cidade pode determinar o sucesso ou fracasso do empreendimento. Vamos tentar chegar em um número aproximado de estabelecimentos funerários uma cidade, embora vários fatores podem divergir de acordo com a região. Também examinamos a concentração de funerárias em uma única região e sua influência na qualidade dos serviços oferecidos.

Lembrando que os números se trata de uma ESTIMATIVA com alguns parâmetros para se levar em consideração numa realidade mais especifica. Cada empresário deve buscar informações mais concretas sobre a sua cidade através de um estudo ou consultoria especializada para trazer a luz da sua realidade.

Alguns critérios para determinar o número de funerárias por cidade

A necessidade de estabelecer o número ideal de funerárias por cidade é crucial para garantir que consiga manter a saúde financeira da empresa e seu perfeito funcionamento,  de forma que a comunidade tenha serviços funerários adequados e satisfatórios. Os critérios para determinar esse número incluem principalmente a densidade populacional, Estabelecer a empresa na proximidade com hospitais e tem conhecimento do número de sepulturas disponíveis em cemitério em torno da cidade e até mesmo se existem crematórios nas proximidades.

Densidade populacional

O número de funerárias deve ser proporcional ao número de habitantes de uma cidade. Geralmente, cidades maiores têm mais funerárias do que cidades menores. Um número razoável é ter em média uma funerária para cada 100.000 habitantes, o que se pode esperar é um resultado aproximado de 4 a 8 óbitos mês . Esse número não é exato é uma estimativa.

Para cidades onde esse número é menor deve levar em consideração, se tem uma boa adesão aos planos assistenciais, para garantir um renda complementar ou até mesmo a renda principal.

Proximidade com hospitais

A localização da funerária deve ser considerada para garantir que as pessoas possam ter acesso fácil a elas depois de um falecimento. Uma cidade com muitos hospitais precisará de mais funerárias em comparação com uma cidade com menos ou até nenhum hospital.

Número de sepulturas disponíveis

O número de cemitério e sepulturas disponíveis em torno da cidade é outro fator a ser considerado. Cidades com mais sepulturas disponíveis precisam de mais funerárias do que cidades com menos oferta de sepulturas.

Cidades com crematório

Essas cidades tem um melhor potencial de atrair mais oportunidades de negócios, todo crematório passa por estudo do caso para chegar na viabilidade.

Impacto de ter muitas ou poucas funerárias na cidade

Ter muitas funerárias pode levar a uma forte competição no mercado, enquanto ter poucas funerárias pode resultar em lucros excessivos. Encontrar um equilíbrio é fundamental para manter a qualidade dos serviços oferecidos.

Uma concentração excessiva de funerárias em uma única cidade ou região pode impactar adversamente a infraestrutura da cidade, a concorrência se torna mais acirrada uma vez que o número de clientes e limitado pela natureza, e não há nada que se possa fazer para aumentar o número de óbitos. Por outro lado, ter poucas funerárias pode levar a tempos de espera mais prolongados e à falta de opções para as famílias escolhem a melhor opção.

LEMBRANDO QUE SER A MELHOR OPÇÃO, NÃO SIGINIFICA A DE MENOR VALOR. E SIM A DE MELHOR VALOR AGREGADO

Análise da presença de funerárias em diferentes cidades

Uma análise das cidades mostra que o número de funerárias varia em função do tamanho e dos débitos populacionais. A exemplo a cidade do tamanho de São Paulo possui o maior número de funerárias, devido a quantidade de população em consequência o grande numero de hospitais de referencia, enquanto que cidades menores geralmente têm menos funerárias. As grandes cidades com mais funerárias frequentemente veem uma forte concorrência em termos de preços e ofertas de serviços o que acaba por terem menores lucros.

A influência da concorrência na qualidade dos serviços funerários

A alta competição no mercado pode levar as funerárias a oferecer serviços de qualidade superior a preços mais competitivos para atrair mais clientes. No entanto, existe um ponto crítico onde a queda nos preços pode significar uma redução na qualidade dos serviços prestados. A competição também pode levar às funerárias a oferecer um serviço mais rápido, o que pode afetar a qualidade do trabalho realizado. Se os valores forem reduzidos isso significa menor lucro a maior rotatividade de serviços. Por isso um estudo de cada caso pode determinar melhores ações importantes a serem tomadas pelo gestor.


Para você que leu até o final. Obrigado

Esse conteúdo é uma estimativa de realidade, não se aplica em todas as realidades do brasil, mas serve de parâmetro para o inicio de uma analise de mercado mais detalhada de cada caso.


Material de apoio: SEBRAE

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A Polícia Civil de Salvador BA executou a Operação ‘Post Mortem’ para inspecionar serviços funerários

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Seis funerárias e um laboratório foram fiscalizados

A ação aconteceu na manhã desta segunda-feira 18/08, quando a Polícia Civil da Bahia, através da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC), executou a Operação ‘Post Mortem’, com o objetivo de fiscalizar as funerárias que operam em Salvador.

Na operação, foram inspecionados estabelecimentos nos bairros Garcia, Federação, Imbuí e Baixa de Quintas.
A operação teve como objetivo verificar a utilização de formol e outros produtos químicos em serviços de somatoconservação, bem como monitorar o manuseio e o armazenamento de substâncias controladas que podem ser empregadas como insumo na produção de entorpecentes. A iniciativa também tem como objetivo evitar acidentes que possam afetar a população.

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Seis funerárias e uma clínica de tanatopraxia foram notificados durante a fiscalização, de acordo com a Lei n.º 11.631/09, a fim de incentivar o registro das empresas na CFPC. Isso demonstra o compromisso da Polícia Civil da Bahia em fiscalizar e controlar produtos químicos regulamentados.

Segundo o delegado Arthur Gallas, coordenador da CFPC, “a Operação Post Mortem tem como objetivo assegurar que laboratórios e funerárias empreguem adequadamente substâncias químicas, prevenindo perigos à saúde e à segurança da população.” Ademais, buscamos evitar que substâncias controladas sejam desviadas para usos ilegais, como a produção de drogas. A medida destaca o compromisso da Polícia Civil da Bahia com uma fiscalização rigorosa e a prevenção de acidentes que afetam a comunidade.

Com a evolução do setor, produtos de menor impacto a saúde dos profissionais e ao meio ambiente. Grandes marcas trabalham incessantemente para produzir insumos que atenda a legislação e que não tem interesses escusos. O uso de formol puro ou em concentrações elevadas são totalmente prejudicial a saúde de quem manuseia e afetando o resultado final na homenagem ao falecido. Por isso procure conhecer e se adequar as novas realidades do mercado.

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